Algumas pessoas fizeram algumas perguntas quanto à transformação das impressões. Outras vieram à sala e protestaram contra algo que elas mesmas não sabem o que aconteceu. Eis a ausência do trabalho interno. A sala aqui, ela não é lugar para desaforos. A pessoa vem aqui maltrata os irmãos, falam o que querem, insultam outros irmãos, criam discórdias, fazem tudo ao contrário dos ensinamentos. Mas acaba servindo de lição para aqueles que estão morrendo ou estão lutando verdadeiramente por descobrir os Eus.
Dessa forma, vê-se claramente uma possibilidade, uma oportunidade a mais que nos é dada para descobrir defeitos psicológicos. Dessa forma, eu chamo novamente, para aqueles que não ouviram a mensagem anterior, a atenção de todos para essa relação que precisamos ter conosco, antes de ter uma relação com o próximo. Logo, é uma relação interna que nós precisamos firmar, uma aliança de objetivos, de propósitos a serem alcançados. Esses propósitos, esses objetivos estão calcados unicamente na morte de defeitos psicológicos. Precisamos nos autodescobrir a partir da auto-observação de nós mesmos de forma secreta, para não falar hermética, totalmente particular, e não de forma aberta, assim sai tagarelando para todos o que se está fazendo e não consegue ter forças para as súplicas. É o que acontece.
Quando as pessoas fazem mau uso do verbo, perdem a força do verbo, não tem força para a súplica. Quando as pessoas concentram as suas forças em cima da auto-observação para descobrir um defeito ali silenciosamente, atento a cada instante, ela cria força porque não está gastando. Ao utilizar a súplica direcionada ao defeito, A Mãe pega aquela força que nós economizamos e destrói o defeito, pelo menos o detalhe do defeito. Pois nós sabemos que é de grão em grão, ou seja, de passinho em passinho que nós iremos derrubar um só defeito. São muitas súplicas. Por isso, não tem tempo a perder com discussões. Não podem engordar o outro lado.
As dificuldades, elas precisam vir, pois se elas não vêm como nós vamos descobrir os defeitos? Como nós vamos descobrir a nossa impaciência? Como nós vamos descobrir o estado de ira ou a luxúria, ou a vaidade, ou o orgulho, ou as autoconsiderações, não é?
Olha, eu digo aqui com todas as letras, a vida aqui que nos foi dada, ela é um banquete para a autorrealização, está cheia de novidades, cheia de oportunidades. Antes de reclamar qualquer coisa, agradeça aos céus as providências do Pai, porque nós estamos recebendo. Ele certamente irá cobrar o que nos dá. Vamos fazer jus a tudo o que recebemos, ok? Espero que tenha sido compreendido nessas poucas mensagens.
O Pai existe. Os mestres existem. Nós precisamos compreender a lição, praticando-a. Compreender é praticar. Não existe outro compreender que não seja pela experimentação direta. Ninguém vai entender A Gnose. Gnose é cem por cento prática. Só se pode vivê-la. Ela não é de ninguém. Somos nós que precisamos dela, fazê-la viva em nós. Nós iremos percebê-la, quando fizermos isso, que é o Ensinamento Cósmico comum para todas as civilizações que existiram em todo o Cosmos.
Não é um capricho de homens. Não fui eu quem inventou A Gnose. Não. Ela existiu antes da fundação do Mundo, do próprio Sol. Como nós podemos querer o saber para nós? O saber é prático, ele é altruísta. Ele é de desenvolvimento interno. Ele é de descoberta e superação. Ele é transformação a todo o instante. O saber, ele é experimentação direta, prática, silenciosa, solitária.
Muita força a vocês.
Trecho da Conferência Virtual do dia 25-06-2011