Reduzir-se ao Instante para Descobrir em Si Mesmo as Oscilações que Nos Levam a Ser Colhidos pela Lei da Entropia.
A Lei do Pêndulo deve ser reduzida ao instante e se dará conta, se estiver se auto observando, que sempre se está oscilando, apoiado em múltiplos pontos dentro. São compromissos dos “eus”, seja com o materialismo, apegos, egoísmo, hipocrisia, inércia, arrogância, auto consideração, traição ao Ensinamento, hora no positivismo, hora no negativismo. Isso são apenas termos. Porém, essa Lei do Pêndulo acontece aqui e agora. Nunca se deve tomar o ensinamento gnóstico como teoria para não ser colhido pela Lei de Entropia, outro tema que tem uma relação estreita com este, enfim com a prática nos ensinamentos. As teorias são como cinzas… A prática é a vida. Se colocar o coração nas coisas, ali fica; ao que se justificar, ali fica. A justificativa é usada como defesa, camufla uma realidade que desconhece de si mesmo.
– Uma vez o Mestre disse secretamente assim à humanidade (Não importa qual seja esse Mestre, o que importa é a lição):
“- Ahhh humanidade, me dê um motivo de praticar as minhas palavras e eu intercederei por todos.”
Ou seja, que há um mundo realmente novo, que o caminho começa no meio, manter o pêndulo no meio, nem a um extremo e nem a outro. O mim mesmo se ama demais, ou melhor chamar da doutrina do “eu”, ama o “eu”.
Pergunta: – Mestre, poderia nos esclarecer melhor sobre a Lei da Entropia?
V.M. Raphael: – Lei de Entropia é como um funil, todos são nivelados por baixo, e são lançados à involução. Uma foice, a foice da Morte. Uma pessoa pergunta assim: “– É comum acontecer isso ou aquilo?” A resposta é com a pergunta: “ – O comum é a entropia?”
Pergunta: – Mestre, mas a Lei da Entropia quando ela pega, ela atua e acaba com tudo de uma vez ou a pessoa consegue transcender e se levantar, vencendo-a?
V.M. Raphael: – A pessoa vem descendo as oitavas, se é que tinha alguma oitava.
O tema “A Lei do Pêndulo” nos mostra a realidade dos extremos dentro de nós. Uma hora nós estamos apoiados em algum sonho, em alguma vontade, em algum pensamento, em desejos, em fantasias, em razões, em autoconsiderações, na vã sapiência. Hora nós estamos apoiados no derrotismo, na inércia, na falta de coragem, nas lamentações, no pessimismo; hora nós somos otimistas demais. Dessa forma, vai sendo jogado de um lado a outro como “peteca”, como usávamos esse termo anteriormente. A “peteca” é nossa essência.
Vamos colocar às claras o que significa, em nossa vida, esses extremos e a Lei do Pêndulo.
Se nós recebemos os ensinamentos da Gnose e não mudamos o que nós somos, estamos traindo A Gnose. Dessa forma, estamos no lado extremo oposto da Consciência; do extremo oposto do Cristo, contra as Hierarquias e contra os mestres. Se nós aqui recebemos o Ensinamento do Mestre Raphael e não o colocamos em prática, nós o estamos traindo literalmente. Não tem justificativa alguma. Se nós aqui recebemos o Ensinamento – que eu, como testemunho vivo, digo que este ensinamento é verdadeiro, autêntico e aquele que o viver se auto realizará –, ouvimos os ensinamentos, mas não os praticamos, nós estamos traindo o Mestre, as Hierarquias que o Mestre está de joelhos, suplicando pela humanidade. Somos colhidos, dessa forma, pela Lei da Entropia.
Aquele que não pratica será colhido pela Lei da Entropia;
Aquele que vive se justificando igual será carregado;
Aquele que tem muitas desculpas, sempre muito dolorido;
Aquele que alimenta o ódio do seu próprio semelhante, indiferenças;
Aquele que se considera melhor que qualquer outro trai o Ensinamento, A Gnose e O Cristo.
Aquele que “põe o nariz em pé” e pisa nos outros;
Assim fez Caifás. Assim fizeram todos àqueles que flagelaram O Cristo.
O Cristo é O Cristo Intimo que estava e foi representado aqui por um Mestre que nos mostrou o que fazemos com O Cristo quando não aprendemos praticar nada e vivemos soltos às marés dos “eus”. Os “eus” lançam o pensamento e nós acreditamos. Invadem os sentimentos, nós acreditamos. Os “eus” criam um campo, uma onda, um campo de força negativa a colocar um contra o outro. Ou de autoconsideração, algo insuportável, cheio de arrogância e orgulho; uma autossuficiência inútil. Tudo coisas do “eu”.
Quando a pessoa descobre tudo isso em si mesma, a vergonha deve ser tanta que nem ao menos tenha forças de olhar para uma Cruz. Deveria imediatamente cair em prantos, suplicando ajuda de toda a alma, pois assim disse O Cristo:
“– Não me verás aqui novamente; não, enquanto não aprender a chorar!”
Essas são palavras do Mestre, e eu as conheço muito bem.
Há também uma frase que o Mestre Raphael disse:
“- A humanidade carece de Heróis Solares.”
Muito bonita a frase, mas Ele não disse isso somente pra ficar uma frase bonita. Se nós observássemos a fundo a nós mesmos, só o que iríamos encontrar é vergonha. Porém, alimentar a covardia após a vergonha é ainda mais terrível. Pois o “eu” irá criar esse tipo de campo de força; esse tipo de tendência para a pessoa, a partir da vergonha que se sente quando começa a se descobrir – é se encostar a alguma justificativa e se encostar-se a alguma covardia.
Isso é o pêndulo. A pessoa estava de um lado, descobriu aquilo, assustou-se e cheio de medo se acovardou em outro extremo; ou criou uma justificativa para camuflar, confortar e consolar o “eu” que estava sendo ferido.
A mim cabe dizer “em miúdos” porque não é necessário mais dizer de forma teórica ou velada. Se quisermos realmente viver A Gnose, precisamos nos tornar Heróis de nós mesmos; negar a nós mesmos; observar o nosso dia e mudá-lo no dia seguinte – observar o nosso segundo e mudá-lo no próximo, para ser mais claro.
Caso contrário, nada está se fazendo. O “eu” se camufla; o “eu” participa; o “eu” distorce tudo.
Descubra onde você está apoiado nesse instante. É uma questão de hombridade perante as Hierarquias. Não queira que as Hierarquias abortem toda chance de você se auto realizar por inércia, preguiça, querendo que as Hierarquias sejam coniventes.
V.M. Raphael